sábado, 7 de setembro de 2013
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
Este trabalho foi desenvolvido para o desfile da Beija Flor de Nilópolis em 2013. A concepção do trabalho foi do Artista Plástico Raimundo Rodriguez e o responsável técnico foi o cenógrafo Anderson Dias. O projeto levou praticamente 6 meses para se consolidar e passou por diversas reformulações e readaptações para chegar ao produto visto neste vídeo. Começamos trabalhando com motores de limpadores de parabrisas e ao final estávamos utilizando motores de carrinhos de golf. Em breve farei um relatório mais detalhado destas escolhas.
Anderson Dias
Cenógrafo
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
Página CAZA_Arte_Contemporânea
Texto Extraído da Matéria.
Arte e Cenografia
O que resta do invisível
Um dia nasceu da terra. Um dia despertou do sono das coisas plantadas. Um dia abriu suas janelas e ainda com areia entre os dedos lavou o rosto. Um dia foi lhe apresentado , com honras, o invisível. Um dia entendeu o que sobra dele e nesse exato momento fez poesia.
Poesia de coisa, poesia que dispensa palavra e dança com as rimas do espaço. Que faz matéria bruta das figuras de linguagem: brinca de metáfora, quando pinga aço dizendo em letras pequenas que é papel, respira metonímia dizendo às porcas e aos parafusos que juntos são homens. Já as hipérboles desfilam, em passos pequenos , estranhamente delicadas, são flores espalhadas pelo palco que quase flutuam, tão pequenas e de sentidos tão grandes.
Estes são os versos de artista e cenógrafo Anderson Dias, todos eles recitados em silêncio e compreendendo o vazio e sua capacidade de preencher espaços. É o artista pensando o espaço cênico, criando volumes, experimentando texturas, pincelando cores nos lugares certos. É o cenógrafo pensando arte, dando ossos às carnes, estruturas para as coisas serem o que devem ser. Portas , janelas, varandas, geladeiras e se necessário até a corda para o enforcado que volta e meia aparece em roteiros trágicos.
Os cenários de Anderson são discursos sem palavras. Linguagem muda. Conta a história nos detalhes. Não são apenas lugares hipotéticos onde a cena se passa, ele é a cena. Faz parte dela do início ao fim, é ativo, transpirante, se necessário se despedaça e renasce a cada espetáculo ou então permanece perene se assim o dialogo estabelece.
Poeta que um dia nasceu artista e que no outro despertou cenógrafo, Anderson Dias guarda as qualidades de todos esses delicados e transformadores fazeres.
Sabrina Travençolo
Cientista Social e integrante do Grupo Garrucha
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